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terça-feira, 8 de outubro de 2013

( Não) morados....



Você que, assim como eu, anda enjoado de ver todas as propagandas melosas e exibicionistas desta data tão especial pra muitos, você que até revira na poltrona do cinema quando vê um casal apaixonado. Você que deixou um amor, você que foi deixado. E hoje, depois de se sentir o último dos moicanos, aprendeu a engolir a ausência juntamente com a tal da neosaldina. É pra você mesmo. Quero mandar a minha reverência, meus cumprimentos. Você, que dia-a-dia sobrevive, que levanta todas as manhãs e tem uma vontade imensa de gritar com a boca na almofada. Eu poderia descrever uma porção de histórias bonitas de amor, dessas com finais felizes. Eu poderia assinar um bilhete e mandar pro dono do meu coração, mas me calo. Silencio essa guerra pra não atirar com força no meu próprio peito. Eu poderia fazer um texto bonito, contando o quanto o amor é lindo, mas não. O amor é um veneno. Entra lento, dói e vira vício. É por causa do amor que existe esse monte de gente com saudade. Uns pedem um tempo, outros dizem que não amam, outros perdem um amor na esquina do desespero. Uns se perdem, outros se encontram. E a gente vai escrevendo, vai gastando o tempo. Esse tempo que não é capaz de aproximar ninguém. Uns dizem “o tempo cura tudo”, o tempo, meu bem, não cura nada. Ele só deixa a ausência ainda mais dolorida. E a saudade continua assinando embaixo de cada história ...

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