VOCÊ...

Você é o adeus que eu nunca soube esquecer porque, vez ou outra, dobra a esquina da rua onde eu moro só pra me fazer lembrar o dia que você resolveu soltar a minha mão e atravessar para o outro lado sozinho. Você é o adeus que nunca me deixou seguir em frente porque, todas as vezes que eu passo na frente daquele mercadinho, olho pra trás esperando que você apareça com alguma coisa que eu esqueci de comprar. Você é o adeus que nunca mais me deixou ser inteira com alguém, porque o lugar direito no sofá da sala ainda é tão, mas tão teu, que eu não consigo aceitar que ninguém ocupe. Ele fica vazio. E, eu também. Você é o adeus que eu nunca quis dizer. E o adeus que eu nunca vou saber transformar em ponto final.