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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eu me quero de volta!!!

Às vezes, sinto tanta raiva de mim, por me permitir ter passado por tanta ilusão, dor e sofrimento. Por ter amado quem não me amou e ter se entregado para quem me abandonou, por ter me permitido machucar tanto, por ter caído tantas vezes. Hoje o que posso dizer é que não sou a mesma pessoa, ou talvez seja, porém, apenas mais machucado, e vocês não imaginam como esse simples detalhe pode mudar tudo. Não está sendo fácil se entregar de novo, amar de novo, para falar a verdade, não sei se é isso o que eu realmente quero, sinto tanto medo, acabo machucando as pessoas, pois um dia, as pessoas me machucaram. O que sobrou do meu coração se fechou. Dizem que a felicidade não entra em portas trancadas, mas como permitiria outra vez abrir meu coração para qualquer um entrar, quebrar tudo e depois ir embora? Me sinto bem assim, porém, está faltando algo, a porta está trancada, a felicidade não entra, mas o medo de abri-la é tão grande. Sobrou um pouco de felicidade do lado de dentro do meu coração, o problema foi que eu não tinha percebido que havia tristeza escondida por todos os cantos da casa. Decepções, frustrações, sonhos e expectativas quebrados, tudo isso são como marcas, sinais de alerta na pele, olho para elas, e não sinto vontade de ser a pessoa que eu era, o que sinto, na verdade, é um pouco de saudade daquilo que se perdeu, sinto saudades de quando meu coração não estava machucado e lotado de incertezas, inseguranças e medos. Eu me quero de volta.

Eu sinto o sentir...


“Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática. Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei. A última e única coisa que lembro é de sentir. Eu sinto o sentir. Sei que parece papo de louco, mas é verdade, é real, sinto demais. A realidade me consome. Mas me consome e-xa-ge-ra-da-men-te. A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo é sentido de corpo e alma. Alma, principalmente.”